terça-feira, 22 de maio de 2012

Muito e Pouco.....!!!!!!!!!!


A pedra estava suja de limo, aquele limo de tanto a água insistentemente escorrer ou apenas a banha-la....não me interessava agora este detalhe, estava concentrado em minha angustia de tristeza e tentando descobrir em qual momento tinha acabado o sentimento que imperava desde o inicio. As atitudes, o controle insaciável, o momento que dava ênfase sem a menor necessidade, sim, tudo caminhou como o derradeiro impulso ao precipício, tudo estava acabado definitivamente. Amar e ser amado tem que ser prazeroso, tem que ser harmonioso como a lagrima e o lenço, o beijo e a saliva, o roçar das mãos em recantos desobrigados de proteção. Desde o momento daquele olhar inquisidor de tamanha ferocidade, desencadeou o protesto de proteção dando ponto final ao embate. Ficaram agradáveis recordações de momentos vividos sem pressa, as vezes até escritos e falados com o maior desejo de sinceridade, de novo olhei as tranqüilas águas do lago, onde minúsculos peixes vinham em direção a minha sombra, quase que querendo solucionar o impasse de minha alma ao quase certo desequilíbrio de ações, de atitudes. Não, não poderia continuar tamanho desconforto para nossas inquietantes necessidades de convivência, melhor seria esquecer...anular, enquanto os desejos de felicidades poderiam ser saciados com lembranças, ou talvez saudades de momento que tinham sido incríveis. Resolvi ali mesmo em pequeno pedaço de papel escrever “Muito e pouco.....!!!!”

 

 

Muito e Pouco…..!!!!

De tudo fica um pouco….
E de nós,
Entre os vários poucos,
Ficou o escrito gravado,
Em um simples guardanapo,
Em uma noite insone e quente,
Do verão passado.
A memória se perde, Mas a palavra escrita,
Permanece como prova,
Documenta o que naquele momento,
Seriam os melhores sentimentos,
Que reinavam soberanos,
Os originais desse pouco,
Conservados com carinho,
Já que o muito sonhado,
Se transformaram em pouco realizado,
Porque sempre exigimos,
Muito um do outro,
Mas tentando reunir os vários poucos bons,
Que existiram ( e que são inegáveis),
Será possível que se possa,
Voltar a ser muitos amigos.
Sempre temos que pensar.
                                                   Borgaí!
Em uma noite fria de outono...


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