Só agora consegui colocar este texto em homenagem ao meu amigo querido que se foi já há algum tempo.....simples homenagem!!!
Era um Domingo de preguiça e de uma perspectiva de dia feliz, de
família reunida, de carne na brasa, de tempo nem lá nem cá, apenas um
domingo de pessoas que merecem a felicidade, mas sem entender direito,
algo me assustava, e não conseguia decifrar, o dia foi indo, a alegria
presente, o coração com um amor fraterno transbordando, e chegou ao seu
final, ah....ah, mesmo de satisfação, como fui feliz neste domingo,
assim adormeci e assim estava na linda manhã de segunda, ( toda segunda é
segunda), mas a sensação permanecia, sentei-me em minha mesa, porque é
ali que fico quando quero pensar, sempre me sento ali, e fiquei a
procurar o que estava faltando, ou não entendendo, vi meus trabalhos, vi
minhas plantas, vi meus bens materiais, vi minhas fotos na qual
retratei toda minha família, procurei, procurei....e nada, até que sem
querer, percebi meu telefone ali, quase que jogado ao canto, largado, o
peguei, e vi que um amigo ligou, um amigo de tantos anos, um amigo que
se conta nos dedos, um amigo que nunca desaparece da lembrança, e que
tantas vezes conversamos, vivemos, brincamos e brigamos, um amigo de
todas as horas, vi o recado de domingo, sim, domingo, o mesmo que estava
feliz, o mesmo sem problemas, pois é,..... liguei, conversamos, tudo
beleza, tudo normal.....Não, não era apenas um telefonema, era uma
despedida, um adeus, que Deus proporcionou a dois amigos, ou seria
melhor dizer, um até logo, porque o caminho que ele trilhou, todos nós
um dia iremos, então, escrevi um rascunho para meu Amigo, poucas
palavras, poucas lágrimas e pouca tristeza, porque sei que seria assim
seu desejo. Meu Amigo.
Meu Amigo...!!!
Meu amigo,
Quando tenho a lembrança de sua amizade,
Me vem a brisa do sorriso farto, dos momentos intrigantes,
Das tantas brigas com palavras cruéis,
Como todo amigo faz,
Que se tornavam, musica ao vento,
Todos os nossos momentos de turmas,
Dos bailinhos na escuridão, nas meninas divididas,
Das desculpas que criávamos,
Crescimento na vida,
Das matas que entramos como aventureiros,
Das tantas pescarias e cansadas noites de areia,
Amigo, amigo,
Contamos sempre nos dedos os amigos,
Passou o tempo, em dias, meses e anos,
Mas a lembrança ali estava,
Lembra da fulana ou da beltrana??
E a noite que fiz aquilo, e sempre, mas sempre mesmo,
Vinha nossas risadas estrondosas de saudades,
Ah, saudades, amigo,
De quando com certeza tínhamos um ombro,
Para dilacerarmos as nossas questões,
Você me pediu, me ligou, até conversamos,
Mas e aí? Mas e agora meu amigo?
Vai, vai Amigo, vai feliz como sempre foi,
Vai caminhar na plenitude,
Vai em paz Amigo,
Sem lágrimas, sem dor, sem sofrimento,
Apenas vá, e seja luz.
F.Tubiraí..!!!
Em um noite muito triste.......