A minha sala estava toda arrumada, com o cheiro de limpeza imperando, acendi apenas o abajur a esquerda de minha poltrona de descanso, a porta dupla da varanda aberta, permitindo a entrada do frescor da noite, aquela brisa que o mar trás, com o cheiro característico , sentia com prazer a refrescante sensação de alivio em minha pele tão castigada pelo sol, da praia atrativa, tantas vezes aproveitada com você, minha doce moça, tantas vezes percorridas de mãos dadas e areias aos pés, abraços e afagos, olhares e trocas de caricias, verão prolongado, praia totalmente favorável aos risos e alegrias, de correrias nas areias quentes, mesmo a noite, mornas, que massageavam as solas dos pés, trazendo conforto e paz ao corpo exausto do dia aproveitado, favorável ao sentar nas areias úmidas, trocas de palavras onde o sorriso fácil vinham sempre com o prazer do momento, o deitar e a admiração e observância das estrelas no céu, tentando e tentando dez vezes dez contar as estrelas, o virar do corpo, olhos nos olhos e o beijo meigo, mordiscando os lábios sedosos, o afago com as mãos enlouquecidas, o desentendimentos das linguas nervosas, o sussurro nos ouvidos ávidos de palavras, essa é as noites que estava recordando, ali naquela sala muito arrumada, muito perfumada, mas não com o perfume predileto, não com o perfume do meu amor, somente só estava, só fiquei, que pena, verão sem você não acontece, não é paz com prazer, é apenas um dia comum, nem a beleza da simplicidade existe, apenas passa, a procura que demonstra a sua especialidade, de fazer o dia se tornar especial, de tornar um dia de verão.
Só quem admira sua amada, ou é admirada, entenderá a importância em nossas vidas, a mulher que amamos, por isso a estava procurando, foi quando escrevi "Caminhos, passos e realidade...!!!, volte logo meu amor, mesmo que não tenha ido, volte para meu acochego, para meus braços, deixe te amar mais e mais, como sempre te amei, volte para ser feliz.....
Caminhos, passos e realidade...!!!!!!
O sol vinha caindo, se escondendo por trás da montanha,
Talvez para iluminar outros mundos,
E sem perceber, apagando o meu,
Que naquele momento, iluminado estava,
Por uma esperança.
Estava em uma linda praia, observando com prazer,
A eterna briga do mar com a areia, onde tudo se acaba em espuma,
Quando decidi caminhar por um caminho,
Talvez já percorrido,
Sem saber porque naquela direção,
Procurando talvez a esperança que me iluminava.
Enquanto caminhava, relembrava os momentos de felicidade,
Todos passados ali, naquele simples caminho,
Não via mais nada, só os meus passos,
Que tentavam encontrar os seus, marcados em minha mente.
Talvez tentando através do acasalamento de nossos passos,
Encontrar seus pensamentos e lembranças,
Encontrar os olhares, os cabelos ao vento,
O sorriso matreiro, as lágrimas derramadas,
Tudo trazia satisfação e contentamento.
Quanto mais caminhava e avançava, mais o sol se escondia,
Minha esperança continuava em passos largos,
os passos marcados e desejados,
Mas a necessidade era de ter você, ali, agora.
A areia quente, a brisa do mar em meu rosto,
Toda aquela calma do lugar,
A escuridão preeminente, mas estava caminhando resoluto,
Apenas iluminando meu caminho a esperança.
Quando cheguei, a escuridão total, com o sol escondido,
Não encontrei seus passos, nem tão pouco você,
estava diante de um mar, que não me dizia mais nada,
A esperança se foi, olhei para os lados e nada vi,
Senti que estava só, como agora.
FTubiraí...!!!!
Em uma tarde em que ela não veio nem se tinha ido...apenas na esperança de recebe-la....
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